O movimento Novembro Azul teve início na Austrália, em 2003. Desde o princípio e até hoje, o objetivo é alertar a população para a prevenção e diagnóstico precoce do segundo tipo de câncer mais comum entre homens: o de próstata, atrás apenas do câncer de pele.
A doença é responsável por 28,6% das mortes entre a população masculina. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos em decorrência deste tipo de câncer, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
A estimativa de novos casos de câncer de próstata para 2020 foi de 65.840. Em 2019, foram contabilizados 15.983 óbitos, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer.
Alguns fatores de risco pré-existentes devem ser observados para antecipar o surgimento do câncer: histórico familiar (principalmente em parentes próximos, como pai ou irmão); idade, pois a incidência e mortalidade aumentam consideravelmente após os 50 anos; obesidade e sedentarismo; tabagismo; raça, já que homens negros costumam desenvolver a doença mais do que outras etnias.
Sintomas e diagnóstico
Em estágio inicial, o câncer de próstata evolui de maneira silenciosa, por isso, quando o paciente começa a ter sintomas, se assemelham à condição do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes ao dia). Em fase avançada, pode causar dores ósseas, sintomas urinários (como sangue na urina) e até mesmo infecção generalizada e insuficiência renal em casos graves.
O exame de toque retal e o de dosagem de PSA no sangue são os métodos de rastreamento do câncer de próstata, mas o próprio Inca, ligado ao Ministério da Saúde, orienta: médico e paciente devem decidir juntos riscos e benefícios e se o exame deve ser realizado.
Essa recomendação é dada pois não há evidências de que fazer o exame em homens assintomáticos diminui a mortalidade por câncer de próstata. Esse tipo de tumor pode ter uma evolução muito lenta, e às vezes a conduta indicada é somente observar seu desenvolvimento, pois o tratamento pode ser desnecessário naquele momento.
Mas vale lembrar: a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) ainda indica que homens negros ou com histórico familiar do câncer façam exames diagnósticos a partir dos 45 anos, onde o médico irá decidir a periodicidade.
Fique atento ao sinais do seu corpo e, caso surjam sintomas, busque auxílio de um médico urologista. Cuide-se não só no Novembro Azul, mas durante todo o ano!
Fontes: Instituto Nacional do Câncer; Sociedade Brasileira de Urologia; Biblioteca Virtual em Saúde (Ministério da Saúde).